segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O que eu quero falar para você não é sobre eu querer uma chance, ou se tenho alguma chance com você, ou que não desistirei de você, não. Eu quero falar o quanto eu gostei de você. Você não tem idéia do quanto é (ou quanto foi, whatever).
Sabe o que é sentir algo por alguém por 5 anos? Tipo, 5 anos, são CINCO ANOS! É MTA COISA; às vezes penso que parte desse "sentir algo por alguém"( no caso, você) foi ódio ou raiva, às vezes penso que foi realmente algo que eu não sei se vou sentir de novo por outra pessoa.
É complicado continuar o texto escrevendo direto aqui porque eu tinha várias coisas pela minha cabeça do que falar e re-falar...Agora, parece que tudo foi pelos ares. E parece que sempre que tento falar com você pessoalmente é assim, não tenho coragem de falar, não consigo falar o que quero, só ouço, presto atenção no que acontece e deixo passar. Ai depois eu me arrependo porque não falei nada do que queria e fico aqui a imaginar tudo que podia ter acontecido depois que eu falasse tudo que queria. Tá, poderia não acontecer nada, mas pelo menos minha cabeça estaria mais tranquila, se é que ela já não vive assim faz uns anos.
Toda vez que te vejo ainda sinto um frio na espinha, um reboliço no estomago, e não é de dor e sim de que algo estranho está por perto. Estranho de sentir e não estranho de assustador, por favor. Às vezes gosto de sentir isso, esse frio na barriga e na espinha, mas não sempre.
Quando te vi esse fim de semana deu um negocinho lá no fundo de felicidade, mas ai coloca e eu outra garota junto (que é mil vezes mais bonita que eu), lógico que sua atenção fica nela. Além dela ser mais bonita, tem mais papo, é mais divertida, tem um corpo muito mais bonito que o meu.
Eu sou insegura na maior parte do tempo, e quando estamos só nós dois então? Mais ainda, eu tenho medo de falar uma besteira e você me achar ridícula, uma tonta e blá blá blá. Coitada da outra garota, não tem culpa da minha insegurança, nem devia citá-la tadinha. Eu nem devia ter essa insegurança toda, queria saber o que me faz ser assim na maior parte do tempo. Mas enfim, isso é o que eu sou.
Você, pra mim, é o garoto ideal pra namoro, convivencia, amizade, felicidade, praticamente tudo que poderia imaginar pra mim, sabe? Mas eu já vi que não tenho chances nenhumas, mesmo ainda imaginando alguma coisa. É nessas horas que odeio ter a imaginação fértil que tenho, dá muita raiva porque na minha cabeça eu tenho um final feliz, um conto de fadas perfeito com você, mas quando abro os olhos e volto a viver o mundo real você nem me olha de um jeito diferente, só me olha como mais-uma-menina-que-é-sua-amiga. Depois disso tudo, só quero que você entenda realmente isso, que tive meu lado bom e ruim ao gostar de você. O engraçado é que comecei a gostar de você porque me falaram que você era parecido com um ator que eu amava na época e quando fui ver, você não era nada parecido. Eu falava pra mim mesma: "Nossa, ele parecido com o Daniel Radcliffe? Mas nem aqui nem no Japão; nem a unha do dedinho mindinho do pé, nem o branco dos olhos é parecido!" Será que eu tava mais apaixonada pelo Daniel Radcliffe do que por você? Olha, não sei, só sei que depois de um tempo eu comecei a gostar de você, não por causa disso, mas por causa de você. Eu te conheci melhor, convivi com você e percebi que você era mais real do que o Daniel Radcliffe. Mas ai o tempo foi passando, foi passando, passando, e também percebi que com você não passava de um sonho que só eu vivia, que eu só sofria, que só eu queria, e que eu só fazia besteira quando tava com você. Pois é, além de insegura, sou atrapalhada. Quem vai querer ter algum tipo de relacionamento com alguém insegura e atrapalhada? Acho que o atrapalhada beleza, mas agora, insegura...Ai já chutou o pau da barraca, pow!
Eu achei que com o tempo, a gente ficando sem se ver você ia sentir minha falta. Não como eu senti, não estou pedindo isso, claro que não, só estou falando. Pensei que você sentiria a minha falta, mas quem disse? Você pode até ter sentido a minha falta, mas só notou isso quando me viu ou sei lá. Você, é você que sempre aparece na minha cabeça como uma valvula de escape pra não pensar em coisas tristes, é em você que penso quando preciso de um abraço mais confortável (mesmo sabendo que não demonstro meus sentimentos pros outros e que ninguém é obrigado a entender ou saber o que eu quero). É com você que sempre penso algo mto mto bom, e sempre quis saber se essas coisas boas um dia aconteceriam, mas como sempre, na minha mente eu sou animada, tranquila, não tenho medo nem vergonha de falar as coisas. Por que eu não sou externamente o que sou dentro de mim mesma? Ai, isso tá virando uma consulta com um psicólogo já, e não era isso que devia estar aqui e sim as coisas que sempre quis te falar. Será que sempre quis falar tudo isso pra você? Nossa, peço desculpas por tudo isso, a essa altura do campeonato você dever ter me imaginado falando tudo isso face-a-face com você. Eu já estaria bem cansada de falar, enfim.
Quando fiquei sabendo da bolsa de estudos para o exterior que você ganhou, eu fiquei um pouco triste porque a primeira coisa que veio na minha cabeça foi: "A não, ele vai arranjar uma namorada lá fora!" Mas depois eu pensei: "Tomara que ele se dê bem lá, ele merece." Eu peço desculpas pelo meu primeiro pensamento, acho que até minha mãe percebeu minha cara de pasma ou de algo do tipo sabe? Só segurei pra não falar alto porque eu acho que teria falado alto pra Deus e o mundo ouvir. Mas confesso, tenho medo disso sim, que você arranje uma namorada logo e que a coisa "Você realmente não tem chances" vire realidade, estampada na minha cara.
Mas enfim, eu tenho que voltar para o mundo real. Tenho aula daqui a pouco e ainda nem terminei de escrever. Espero que você entenda tudo isso, tentei ser o mais clara possível (sou eu, lembra disso). Desculpe-me se fui repetitiva, isso foi tanto pra confirmar pra mim mesma que o conto de fadas da minha cabeça é só fictício, como para lhe mostrar o que várias vezes pensei quando te via ou quando queria te ver e estar perto de você.
Um abraço, da sua (talvez ainda) amiga:
Vanessa

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu vivo em um mundo onde não existe violência mas existe tristeza. Eu vivo em um mundo onde existe risadas e alegrias, eu vivo em um mundo onde todo dia toca uma música diferente sendo assim a minha trilha sonora. Eu vivo assim porque não quero viver no mundo dos outros, no mundo onde uma menina de 9 anos já fica grávida, um mundo onde assassinos tem seus direitos e vivem livres por aí, um mundo onde só tem desgraça e sofrimento.
Eu vivo em um mundo onde tudo é meu e que ao mesmo tempo não é meu. Eu vivo em um mundo onde livros são meus melhores amigos, onde alguns animais falam e outros se calam, eu vivo em um mundo onde não preciso ter medo de ser eu mesma. Sabe o que é ter medo de viver? Pois é, é o medo que muitas pessoas têm e que eu tenho quando estou no mundo dos outros. Medo de morrer na esquina de casa, medo de sumir e deixar as pessoas que amo, medo simplesmente do medo.
No meu mundo a minha cidade do coração é perfeita e só existe eu nela, só eu caminho e vivo nela. Com exceção de algumas pessoas, claro. No meu mundo vivem outras pessoas comigo em certos momentos, elas são amigas, familiares, são educadas e alegres e conhecem de tudo um pouco. Ninguém é pouco ou muito inteligente, é na medida certa sem fazer os outros se sentirem mal por não saber nem pronunciar o próprio nome.
No meu mundo não existe gente feia ou bonita, cada um é como é, e não é uma bendita TV que vai me falar se está perfeito ou não. A perfeição não é ser bonito. Se fosse assim então os príncipes não seriam sapos; me desculpa, Godô eu te amo mesmo você sendo um sapo. Sapos são gosmentos e nojentos, eu vou viver para beijar um sapo? Mas nem ferrando!
No meu mundo eu choro quando dá vontade e digo o que penso e sinto, sem medo do que os outros vão pensar. No meu mundo eu falo o que vier e o que passar porque eu preciso falar, eu falo o que me der vontade, o que me "der na telha", e também não tenho vergonha do que pode acontecer.
Quem quiser entrar no meu mundo precisa pedir permissão, e ainda sim vai demorar um bom tempo para isso acontecer porque preciso confiar nessa pessoa. É o MEU MUNDO, ou seja, é a MINHA VIDA, certo? Eu posso agir como quero, na hora que quero, sem pedir permissão. Então se sou anti-social, anti-racial, anti-qualquer coisa, eu sou mesmo. Para que vou me importar com o mundo dos outros quando o meu mundo me oferece um "seja feliz a hora que quiser"? Não é um mundo perfeito, tem as suas imperfeições, mas são coisas que posso dar um jeito, que posso arrumar.
No meu mundo ninguém morre, as pessoas vivem para sempre em minha memória sempre me fazendo companhia, me alegrando, me fazendo feliz, me confortando, me ensinando sempre mais, me educando, me protegendo contra o mundo dos outros. No meu mundo existe saudade e ela é boa comigo e eu sou boa com ela, quando preciso de algo ela bate a porta e me mostra o que posso fazer para ficar sem ela por um bom tempo. Nos damos bem, ela aparece de vez em quando mando recados e falando o quanto vai ficar por perto, mas não ligo uma hora ela vai embora.
No meu mundo eu sou o que quero ser, bebê, criança, aborrecente, adolescente, adulta, velha, velhaca, arcaica, ... Posso brincar com bonecas e ser a intelectual que não tem problema algum. Posso dormir abraçada com um urso, ter medo do escuro e ser a valentona que ninguém vai falar o que for.
No meu mundo, eu sou eu; no mundo onde eu vivo a violência não chegou, os assassinos só existem nos livros e pessoas sem coração ficam o mais longe possível. Eu vivo em um mundo que eu tenho certeza ninguém tem e nem vai ter, porque é meu e de mais ninguém. Por isso eu o chamo de MEU.
What have I done wrong? Everything! I'm boring in a BAD WAY!

Pra que confiar nas pessoas? A gente é sozinho na vida mesmo, e usa os que estão em volta. É, é bem assim. Pra que confiar nas pessoas se elas não confiam e não gostam de mim? É, tenho que falar a verdade, é comigo o problema e não com os outros. SHIT.
Eu não quero voltar ao que estava no começo do ano, mas parece que ninguém "tá aí" pra mim quando preciso. Será que existem alguém que "tá aí" pra mim? Se existem, cadê essa pessoa tão abençoada?